26 de junho de 2008

A "pegada"

Acabei de assistir no programa do Jô uma entrevista com uma especialista em massagens sensuais e professora sobre sensualidade, nada pornográfico, mas como o tema sugere é sobre sensualismo mesmo. Daí houve comentários tanto da entrevistada como do público sobre os homens que tem e os que não tem ‘a pegada’, segundo ela, uma grande reclamação das mulheres, e isso, em particular, me chamou bastante atenção.

Porque?

Bom, a partir dos meus 20 anos, quando meu contexto amoroso mudou da água pro vinho (literalmente de uma coisa sem gosto, pra uma que tem até Deus), também com o conhecimento de outros tipos de relacionamentos e homens, pude perceber e notar a real importância da tão falada ‘pegada’, nossa, e hoje digo com autoridade que, a pegada é bastante importante numa relação que ultrapassa os limites da amizade, homem que tem pegada é tudo de bom e mais um pouco.

A pegada, além de te fazer sair de órbita, faz com que a mulher se sinta mulher de verdade, com sangue nas veias, o contexto muda, a vontade muda e o humor muda junto.

Garanto que uma mulher ao lado de um homem que tem ‘a pegada’ é muito mais feliz e realizada, porque quando amadurecemos percebemos coisas que com namoro-infantil não dá pra notar, é preciso muito amor, amizade, respeito, diálogo, compreensão, mas isso não afasta o tesão, é tudo isso junto que dá o tcham, o bum de um relacionamento. “A pegada” filha, faz conceitos mudarem, você se desenvolve, o sexo passa a ser quisto, gostoso e cada vez mais intenso, os sentidos se tornam mais apurados e com isso as conseqüências são imensuráveis.

Claro que a pegada não se relaciona diretamente ao sexo, mas que com essa maravilha o sexo caminha mais facilmente, isso eu declaro e grito pros sete cantos que sem dúvida alguma.

Uma vez, conversando com uma amiga casada há 13 anos, perguntei – ‘fulana, quanto o sexo é importante num casamento’, eis que surge a resposta que me assustou – “70% Rafa”. Uau! Fiquei pasma, em meus conceitos infantis, colocava o sexo sempre como secundário, muitas vezes terciário e porque não dizer quartenário. Tudo bem, eu que não confio na primeira opinião que me apresentam, fui pesquisar ainda mais, cheguei para uma pessoa que admiro pra caramba, casada há 25 anos e perguntei – ‘fulana, uma amiga disse que o sexo representa 70% de um casamento, é verdade’, eis que me deparo mais uma vez com a realidade: ‘olha Rafinha, não vou dizer que é o primordial, mas é essencial, a porcentagem ultrapassa os 50% e se vc não tiver uma boa química na cama, simplesmente o casamento não rola, ou acaba ou vira de aparência, mas claro que precisa de muito amor”, como é bom ver essa realidade que seus pais não te transmitem, sexo é importante sim em um relacionamento, não adianta vim com hipocrisia e deixá-lo como mero complemento de um relacionamento, ele faz parte e é importante.

A pegada, o sexo bom, a química é importantíssimo para um relacionamento, faz bem até a pele (lol).

Enfim, digo por experiência própria, nada como ter um homem de verdade na cama, só assim pra auto-estima subir e você se sentir poderosa e uma mulher com M maiúsculo. Depois de traumas por experiências mal vividas, eis que surge ‘a pegada’ e depois dela caros amigos, tudo muda!

Boa sorte e boa noite que a cama me chama, calma é apenas pra dormir.

16 de junho de 2008

In my head


"Cabelo, cabeleira, cabeluda, descabelada
Cabelo, cabeleira, cabeluda, descabelada
[..]
Cabelo pode ser bonito
Cruzado, seco ou molhado"
(Arnaldo Antunes/Jorge Bem Jor)


Cabelos, cabelos, cabelos - ô coisinha para significar tanto na vida de uma pessoa, principalmente mulheres, e mais ainda aquelas que costumam ‘nutri-los’ em tamanho ‘G’. Quem nunca acordou odiando sua cabeleira ou com vontade de jogar todos os anos de lado e passar a tesoura, que atire a primeira pedra.

Na minha vida em particular, até meus quinze anos, fui reprimida em pintar as madeixas; minha mãe não deixava de forma alguma. Acho que ela se arrepende até hoje, porque desde a primeira vez que eu resolvi colocar tonalizante/tinta no meus cachos, não parei. A vontade de pintá-los é quase compulsiva e passar seis meses sem fazer esse ritual é uma experiência de quase-morte (exageros à parte).

Meu topo já foi colorido diversas vezes, fazendo luzes, mechas, pintando de loiro, ruivo, acaju, chocolate, preto, roxo e todas as variações possíveis envolvendo esses tons. E, se minha carreira profissional permitisse, não pararia por aí. Iria pro azul, pink, laranja... viraria um verdadeiro anime, só permanecendo com os olhos originais - esses não seguiriam a cor da cabeleira.

Tenho essa necessidade de mudar os cabelos, talvez por dar tanta importância a eles. E, como estou em constante transformação, desejo que eles me acompanhem. Por incrível que pareça, desde janeiro minha cabecinha não vê tinta nem coisa parecida, mas já estava pensando o que fazer com os coitados.

Por conta de tanto processo químico, não importa a cor que eu pinte, eles sempre retornam pra um tom alaranjado. Da última vez que pintei foi chocolate (tom escuro) e sem fazer esforço nenhum, depois de quatro meses, lá vem ele de volta ao laranja. É a vida.

E já estão me perguntando qual será a próxima cor. Aguardem. Cenas do próximo capítulo. Quero esperar até o aniversário, mas não sei se sobreviverei tanto tempo com eles do mesmo jeito.

E há quem pense que eu não goste do bichinho.