16 de junho de 2008

In my head


"Cabelo, cabeleira, cabeluda, descabelada
Cabelo, cabeleira, cabeluda, descabelada
[..]
Cabelo pode ser bonito
Cruzado, seco ou molhado"
(Arnaldo Antunes/Jorge Bem Jor)


Cabelos, cabelos, cabelos - ô coisinha para significar tanto na vida de uma pessoa, principalmente mulheres, e mais ainda aquelas que costumam ‘nutri-los’ em tamanho ‘G’. Quem nunca acordou odiando sua cabeleira ou com vontade de jogar todos os anos de lado e passar a tesoura, que atire a primeira pedra.

Na minha vida em particular, até meus quinze anos, fui reprimida em pintar as madeixas; minha mãe não deixava de forma alguma. Acho que ela se arrepende até hoje, porque desde a primeira vez que eu resolvi colocar tonalizante/tinta no meus cachos, não parei. A vontade de pintá-los é quase compulsiva e passar seis meses sem fazer esse ritual é uma experiência de quase-morte (exageros à parte).

Meu topo já foi colorido diversas vezes, fazendo luzes, mechas, pintando de loiro, ruivo, acaju, chocolate, preto, roxo e todas as variações possíveis envolvendo esses tons. E, se minha carreira profissional permitisse, não pararia por aí. Iria pro azul, pink, laranja... viraria um verdadeiro anime, só permanecendo com os olhos originais - esses não seguiriam a cor da cabeleira.

Tenho essa necessidade de mudar os cabelos, talvez por dar tanta importância a eles. E, como estou em constante transformação, desejo que eles me acompanhem. Por incrível que pareça, desde janeiro minha cabecinha não vê tinta nem coisa parecida, mas já estava pensando o que fazer com os coitados.

Por conta de tanto processo químico, não importa a cor que eu pinte, eles sempre retornam pra um tom alaranjado. Da última vez que pintei foi chocolate (tom escuro) e sem fazer esforço nenhum, depois de quatro meses, lá vem ele de volta ao laranja. É a vida.

E já estão me perguntando qual será a próxima cor. Aguardem. Cenas do próximo capítulo. Quero esperar até o aniversário, mas não sei se sobreviverei tanto tempo com eles do mesmo jeito.

E há quem pense que eu não goste do bichinho.

Um comentário:

Unknown disse...

Só depois que parei para escrever sobre cabelos que vi que eles são como filhos: só faz dá trabalho, mas a gente gosta mesmo assim. Gostei do seu post colorido. Deveria ter ilustrado com algumas fotos das diversas fases da cabeleira.

PS: You've got mail!