17 de julho de 2008

Por você...


Se me entristeço agora, não são com os meus problemas mas sim com os dos que amo. Tenho a incrivel capacidade de pegar as dores dos meu amigos e multiplicá-la, o pior é que quando a dor é alheia e vc toma pra si, você se torna impotente, não pode agir, sua única função é dar colo e enxugar lágrimas, porque ninguém pode tomar o rumo da vida de ninguém, cada qual é responsável pelo seu futuro. E é essa sensação de impotencia que aumenta ainda mais a dor.
Como eu queria resolver os problemas dos outros, pegá-los no colo, confortá-los, dizer que vai ficar tudo bem e fazer para que tudo fique realmente bem, mas cada cabeça é um mundo e tudo o que posso fazer nesse momento é torcer para que tudo dê certo.
Uma amiga vive me dizendo que eu sou muito rômantica e tenho muita esperança no mundo e nos outros, que assim seja, e que essa esperança, essa fé possa trazer alguma coisa boa. Pois vibrações positivas é o que não falta e eu fico aqui desejando para que tudo fique bem, corrente positiva eu posso fazer.
Eu sou mesmo a mãe das minhas amigas, isso não vai mudar porque essa é parte de mim.

26 de junho de 2008

A "pegada"

Acabei de assistir no programa do Jô uma entrevista com uma especialista em massagens sensuais e professora sobre sensualidade, nada pornográfico, mas como o tema sugere é sobre sensualismo mesmo. Daí houve comentários tanto da entrevistada como do público sobre os homens que tem e os que não tem ‘a pegada’, segundo ela, uma grande reclamação das mulheres, e isso, em particular, me chamou bastante atenção.

Porque?

Bom, a partir dos meus 20 anos, quando meu contexto amoroso mudou da água pro vinho (literalmente de uma coisa sem gosto, pra uma que tem até Deus), também com o conhecimento de outros tipos de relacionamentos e homens, pude perceber e notar a real importância da tão falada ‘pegada’, nossa, e hoje digo com autoridade que, a pegada é bastante importante numa relação que ultrapassa os limites da amizade, homem que tem pegada é tudo de bom e mais um pouco.

A pegada, além de te fazer sair de órbita, faz com que a mulher se sinta mulher de verdade, com sangue nas veias, o contexto muda, a vontade muda e o humor muda junto.

Garanto que uma mulher ao lado de um homem que tem ‘a pegada’ é muito mais feliz e realizada, porque quando amadurecemos percebemos coisas que com namoro-infantil não dá pra notar, é preciso muito amor, amizade, respeito, diálogo, compreensão, mas isso não afasta o tesão, é tudo isso junto que dá o tcham, o bum de um relacionamento. “A pegada” filha, faz conceitos mudarem, você se desenvolve, o sexo passa a ser quisto, gostoso e cada vez mais intenso, os sentidos se tornam mais apurados e com isso as conseqüências são imensuráveis.

Claro que a pegada não se relaciona diretamente ao sexo, mas que com essa maravilha o sexo caminha mais facilmente, isso eu declaro e grito pros sete cantos que sem dúvida alguma.

Uma vez, conversando com uma amiga casada há 13 anos, perguntei – ‘fulana, quanto o sexo é importante num casamento’, eis que surge a resposta que me assustou – “70% Rafa”. Uau! Fiquei pasma, em meus conceitos infantis, colocava o sexo sempre como secundário, muitas vezes terciário e porque não dizer quartenário. Tudo bem, eu que não confio na primeira opinião que me apresentam, fui pesquisar ainda mais, cheguei para uma pessoa que admiro pra caramba, casada há 25 anos e perguntei – ‘fulana, uma amiga disse que o sexo representa 70% de um casamento, é verdade’, eis que me deparo mais uma vez com a realidade: ‘olha Rafinha, não vou dizer que é o primordial, mas é essencial, a porcentagem ultrapassa os 50% e se vc não tiver uma boa química na cama, simplesmente o casamento não rola, ou acaba ou vira de aparência, mas claro que precisa de muito amor”, como é bom ver essa realidade que seus pais não te transmitem, sexo é importante sim em um relacionamento, não adianta vim com hipocrisia e deixá-lo como mero complemento de um relacionamento, ele faz parte e é importante.

A pegada, o sexo bom, a química é importantíssimo para um relacionamento, faz bem até a pele (lol).

Enfim, digo por experiência própria, nada como ter um homem de verdade na cama, só assim pra auto-estima subir e você se sentir poderosa e uma mulher com M maiúsculo. Depois de traumas por experiências mal vividas, eis que surge ‘a pegada’ e depois dela caros amigos, tudo muda!

Boa sorte e boa noite que a cama me chama, calma é apenas pra dormir.

16 de junho de 2008

In my head


"Cabelo, cabeleira, cabeluda, descabelada
Cabelo, cabeleira, cabeluda, descabelada
[..]
Cabelo pode ser bonito
Cruzado, seco ou molhado"
(Arnaldo Antunes/Jorge Bem Jor)


Cabelos, cabelos, cabelos - ô coisinha para significar tanto na vida de uma pessoa, principalmente mulheres, e mais ainda aquelas que costumam ‘nutri-los’ em tamanho ‘G’. Quem nunca acordou odiando sua cabeleira ou com vontade de jogar todos os anos de lado e passar a tesoura, que atire a primeira pedra.

Na minha vida em particular, até meus quinze anos, fui reprimida em pintar as madeixas; minha mãe não deixava de forma alguma. Acho que ela se arrepende até hoje, porque desde a primeira vez que eu resolvi colocar tonalizante/tinta no meus cachos, não parei. A vontade de pintá-los é quase compulsiva e passar seis meses sem fazer esse ritual é uma experiência de quase-morte (exageros à parte).

Meu topo já foi colorido diversas vezes, fazendo luzes, mechas, pintando de loiro, ruivo, acaju, chocolate, preto, roxo e todas as variações possíveis envolvendo esses tons. E, se minha carreira profissional permitisse, não pararia por aí. Iria pro azul, pink, laranja... viraria um verdadeiro anime, só permanecendo com os olhos originais - esses não seguiriam a cor da cabeleira.

Tenho essa necessidade de mudar os cabelos, talvez por dar tanta importância a eles. E, como estou em constante transformação, desejo que eles me acompanhem. Por incrível que pareça, desde janeiro minha cabecinha não vê tinta nem coisa parecida, mas já estava pensando o que fazer com os coitados.

Por conta de tanto processo químico, não importa a cor que eu pinte, eles sempre retornam pra um tom alaranjado. Da última vez que pintei foi chocolate (tom escuro) e sem fazer esforço nenhum, depois de quatro meses, lá vem ele de volta ao laranja. É a vida.

E já estão me perguntando qual será a próxima cor. Aguardem. Cenas do próximo capítulo. Quero esperar até o aniversário, mas não sei se sobreviverei tanto tempo com eles do mesmo jeito.

E há quem pense que eu não goste do bichinho.

30 de maio de 2008

21 - esse é o número


Lá estava no corredor da sala, voltando da cozinha onde tinha ido pegar água pra tomar o santificado remédio de todo dia, o último, o último de 21, aquele que depois de uma semana repetirá o ciclo, aquela evolução dos Deuses que fora criada pra nós mulheres termos maior independência na nossa vida, para controlarmos o momento necessário de ter um herdeiro, aquela oitava maravilha que te deixa tranqüila todos os meses... eis que aquele último, aquela bolinha tão esperada para ser deglutida, de repente escorrega de meus dedos e cai no chão. Que desespero! No chão que você sabe que passa seu lindo cachorro, seu papagaio, sapatos, sandálias, tênis e pés descalços (o meu por exemplo), e surge a dúvida – o que fazer? Ainda por cima rolou e caiu debaixo do sofá, cantinho que costuma ser empoeirado.

Mais de meia-noite, farmácias fechadas, perigo de sair sozinha na rua, sexta-feira a noite igual a bêbados atrás de volantes. Não dá pra pedir a domicílio outra cartela, o horário já passou; não dá pra atrasar umas horinhas e esperar até amanhã de manhã, o risco não é aceitável.

Ok, tá, me agacho, olho novamente para o então malvado, enfio a mão por baixo do sofá e pego a peste do comprimido do chão, fecho os olhos, faço cara de nojo, coloco na boca, tomo um grande gole de água e ele desce tranqüilo e calmo.

É Rafa, antes vermes do que um filho inesperado.

Salve, salve o criador do anticoncepcional.

Mas ainda acho que os laboratórios deveriam colocar um num cantinho, de reserva, afinal não é a coisa mais rara do mundo você derrubar um comprimido no chão.

30 de janeiro de 2008

Bem-vindos ao Big Brother









Não, não começarei a comentar sobre o reality show que mais dá lucros no nosso país, de certa forma estarei me referindo, mas não sobre o programas e seus personagens confinados, mas sim da parte da vida que ultrapasse uma tela medida em polegadas, se é que me entendem.

Estamos vivendo num verdadeiro Big Brother, onde todos sabem do que passa na vida dos outros, é impressionante, às vezes isso é bom, mas na maioria se torna uma vida em função dos outros, e a tecnologia é a maior culpada de todas.
Se estamos no estacionamento de qualquer lugar tem câmeras, elevadores, corredores, salões de festas, em todos os lugares tem câmera, nas ruas das grandes cidades (breve em João Pessoa) tem câmeras, nas calçadas de casas mais abastadas idem, sem contar naqueles onde nós mesmo contribuimos, fotologs, celular, msn, skype, blogs, bobflash (e afins), orkut (e não dianta vim falar das opções de privacidade que elas não resultam em nada, sempre tem um programa na net pra ver suas fotos, videos, scraps, depoimentos “bloqueados”), enfim somos vigiados 24 horas do dia, acho que o momento mais tranquilo que você têm é quando está dormindo sozinha no seu quarto com tudo fechado, pronto ai ninguem tá te vendo, por enquanto hein?

Eu mesma tenho quase todos esses aparatos que nos deixam tolhidos, e às vezes tenho vontade de deletar TUDO, mas e adianta? Estarei colaborando com aquele ciclo de estarmos cada vez mais nos fechando.

A tecnologia traz coisas absurdamente fantástica, mas percebo que a cada dia que passa a nossa liberdadr está ficando ainda mais tolhida. Vivemos num Big Brother real, onde todos nos vêem, e muitos disfarçam a sua real face. Sejamos sinceros, você já viu alguém feio numa foto de perfil do orkut?? Porque eu ainda tô pra ver. Já viu alguém antipático? Tá, esse eu já vi, mas as vezes se mostram assim para aparecer, ihhhh… isso não está te lembrando algo?
Salve, salve confinados.

7 de janeiro de 2008

O nosso maior desejo é pior atendê-los

Você já se arrempendeu profundamente de entrar em algum estabelecimento comercial por causa do péssimo atendimento? Acho que nós consumidores sofremos desse mal quase todos os dias quando estabelecemos uma relação comercial.

Parece que os vendedores são treinados em mal atendimento, na verdade eles são formados, especializados, mestrados e doutorandos.

I. Você já se encontrou vigiado em alguma loja? Ai, como eu odeio esse tipo de abordagem, parece que vc está só esperando uma brecha da vigilância para pegar algum produto, com isso não sabem que estão perdendo clientes. Quantas vezes não entrei numa loja para realmente comprar algo e quando vi essa atitude de um dos vendedores dei o fora? Já cansei de fazer isso, não suporto esse gesto; é, no minímo, agressivo.

II. Outra que vi a umas semanas atrás… estavámos num novo barzinho de Jampa e quando perguntamos sobre um dos pedidos que tínhamos feito junto com todos os outros que já tinha chegado e todos já tinham se satisfeito, a garçonete responde: “ah minha filha vcs sabem quantos sucos tem para 'x' fazer, e é ele só”, agora me diga o que nós temos haver com isso? Já estavámos lá a mais de uma hora e um mero suco não tinha saido, se não tem funcionários suficientes para atender a demanda é um erro inescusável, deveriam ser contratados mais, pense na vontade que deu de cancelar, mas o suco não era meu. (no final a perderam a nossa conta, quando encontraram erraram e queria tirar R$1,00 do nosso troco, é mole ou quer mais?)

III. Invete de ir ao shopping fazer compras sem estar “na moda”, maquiada e de salto ou rasteira da Arezzo… experimente só, se vc entrar numa dessas lojas de marca mal vão te atender e o que você perguntar será mal respondido, como se eles estivessem te fazendo um favor porque você (na cabeça deles) não tem condições de comprar um produto ali, minha nossa :O Esse julgamente é muito comum em nossa provinciana cidade, infelizmente eles te julgam pelo o que você veste e calça.

IV. Sem esquecer dos vendedores interesseiros. Aqueles que ficam te apurriando para você mostrar como ficou a roupa que você nitidamente já viu que ficou um horror, pior impossível, e o que vc houve quando sai “ficou lindo”, “nossa como caiu bem em você”, das duas uma, ou você estava cega ou a pessoa quer te empurrar aquele produto a força, acredite é a segunda opção.

V. Ainda… vc entra na loja querendo um produto “X”, não tem e o vendedor fica “mas tem “Y”, “Z”, “W””, o alfabeto inteiro, sendo que em outro idioma, porque não tem nada haver com o pedido inicial.

Enfim, o mal atendimento é tão comum que quando a gente é bem atendido nos sentimos na obrigação de consumir algo daquele estabelecimento, ou por acaso isso nunca aconteceu contigo? O que deveria ser normal se torna um favor.